O Jardim Botânico do Rio de Janeiro vai celebrar 200 anos de ciência da flora no Brasil, durante a 19 ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que começa hoje (17). Uma exposição gratuita no Museu do Meio Ambiente, com instrumentos científicos, materiais interativos e fotos, será a porta de entrada da programação da semana, que se estenderá até domingo (23).
Serão apresentados marcos históricos da pesquisa sobre plantas no país, as expedições científicas e a atuação de mulheres na botânica, como a de Maria Bandeira, a primeira de que se tem notícia no Jardim Botânico do Rio. Nascida em 1902, a cientista viveu e se destacou em uma época em que as mulheres tinham dificuldades em seguir carreiras que eram tradicionalmente destinadas aos homens.
Além disso, o público poderá participar de mais de 40 atividades, como oficinas de fotografia botânica com celulares e ecojardinagem, visita ao arboreto em realidade virtual, visita guiada à coleção de plantas medicinais do jardim e mesas redondas com pesquisadores da instituição, que vão apresentar o que há de mais atual nas pesquisas sobre biodiversidade.
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro, fundado em 1808, é considerado por historiadores da ciência como a primeira instituição científica do país. Naquele ano, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, dom João criou o Real Horto, mais tarde Jardim Botânico do Rio de Janeiro, para aclimatar espécies e produzir sementes e mudas para a produção agrícola, especiarias e ornamentação.
Na edição de 2022, a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem como tema o Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil.
O evento ocorre desde 2004 e promove, em todo o país, atividades gratuitas, abertas à comunidade tanto no formato presencial quanto online. O tema proposto na edição deste ano busca uma reflexão “sobre o processo histórico da Independência do Brasil na construção e desenvolvimento da nação brasileira”.
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