Por Francine Marquez, Diário do Poder
O presidente eleito Jair Bolsonaro desmentiu nesta sexta-feira (9), pelas redes sociais, que seria de sua equipe a proposta da reforma da Previdência que estabelece um aumento do tempo de contribuição para aposentadoria integral, elevando o prazo para 40 anos. “Não são de nossa autoria como tentam atribuir falsamente”.
Bolsonaro também negou a autoria da criação da alíquota de 22% para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Durante os dias em que esteve em Brasília, o presidente eleito debateu o tema com os integrantes de sua equipe de transição, com alguns parlamentares e com o presidente Michel Temer.
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes defende que a aprovação da reforma seja realizada ainda neste ano. “Na minha cabeça hoje tem previdência, previdência, previdência. Por favor classe política nos ajude a aprovar a reforma, nos ajudem a fazer isso rápido”. Guedes chegou a falar em dar uma “prensa neles” se referindo aos parlamentares do Congresso Nacional.
Para Guedes se houver avanços neste ano, o futuro governo pode aprofundar outras questões mais polêmicas a partir de 2019.
Entretanto no Congresso, falta consenso sobre a possibilidade de aprovação do reforma. A ideia é tentar garantir a aprovação, ainda este ano, de alguns pontos “possíveis” pelo Congresso Nacional. Bolsonaro chegou a defender a fixação da idade mínima de 61 anos para os homens e 56 para mulheres.
O futuro presidente indicou que a negociação passa por buscar a aprovação de medidas que não alterem a Constituição. Assim, fica assegurada, como consequência, a intervenção federal no Rio de Janeiro até 31 de dezembro. Já que as alterações da Constituição não podem ser feitas durante a decretação de estados de sítio, de defesa ou de intervenção federal.
Otimismo para 2019
Logo após, Bolsonaro fez outra publicação onde deu boas notícias em relação ao comércio exterior. “Mais confiança, mais investimentos e mais empregos”.