Por Diário do Poder
Com mais dois votos favoráveis às ações ADO 26 e do MI 4733, a homofobia passará a ser igualada ao crime de racismo, abrindo precedentes que podem impedir que as igrejas preguem versículos da Bíblia que condenam a prática homossexual.
A Bancada Evangélica chegou a se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, para apresentar as consequências que tal aprovação traria aos religiosos. Agora os parlamentares se preparam para fazer um enfrentamento diante da possível aprovação.
“A toga dos ministros não tem votos; quem legisla sobre nós na Câmara e Senado, voltaremos a legislar sobre a matéria na hora que quisermos, é sempre pra defender a liberdade de expressão e religiosa! Já passou da hora do STF parar de usurpar nossa competência, espero que depois eles não reclamem da reação dos parlamentares”, disse o deputado federal Sóstenes Calvante (DEM-RJ).
Em entrevista ao Gospel Prime, Sóstenes se mostrou indignado com a atuação militante dos ministros. “Como membro da Bancada Evangélica, fico indignado em ver ministros togados travestidos de militantes da causa LGBTI”.
Ele não é o único a reclamar da forma como os ministros estão sendo usados para legislar a favor de uma causa. A tag #STFNãoLegisla está entre os temas mais populares do Twitter nesta sexta-feira (22).
“Pelo que estamos vendo, será aprovada sim”, lamenta o deputado que está preocupado com outros dois assuntos que não foram debatidos no Congresso e que cairão nas mãos dos ministros do STF em maio e junho deste ano: a descriminalização das drogas e do aborto.
“O STF quer na canetada decidir sobre todos os temas que os parlamentares já rejeitaram na Câmara e ou no Senado; é a judicialização da política!”, denuncia o parlamentar.
“Estamos trabalhando para fazer um enfrentamento duro ao STF por essa prática ilegal!”, completa Sóstenes Cavalcante.
Ainda de acordo com o deputado, essa decisão do STF “abre precedentes jurídicos perigosíssimos” para as igrejas, principalmente as evangélicas. “Estão querendo colocar uma mordaça na liberdade de expressão e crítica”.