Itamaraty anuncia repatriação de brasileiros no Líbano em meio ao conflito com Israel

O primeiro voo deverá resgatar 240 pessoas, com prioridade para idosos, crianças e mulheres; animais de estimação também serão embarcados

Por Redação Epoch Times Brasil
01/10/2024 14:27 Atualizado: 01/10/2024 14:27

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou na noite desta segunda-feira (30) que o governo vai repatriar os brasileiros que vivem no Líbano. A expectativa é de que sejam retiradas até 240 pessoas do país em conflito com Israel, com prioridade para idosos, mulheres, gestantes, crianças e doentes. Animais de estimação também serão embarcados.

De acordo com o Itamaraty, a operação deve acontecer até o final de semana. O governo está analisando a situação de segurança na capital, Beirute, onde intensos bombardeios foram registrados nas últimas horas.

Ainda sem data definida para a viagem, a aeronave das Forças Aéreas Brasileiras (FAB), com duas equipes, incluindo psicólogos, deverá decolar da base aérea do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Beirute, conforme divulgado pela CNN. 

Está prevista uma escala em Portugal para troca de tripulação, visando os próximos voos. O local de pouso para a chegada no Brasil com os primeiros brasileiros repatriados ainda não está definido. 

“Neste primeiro voo, serão cerca de 230, 240 [passageiros] no máximo, que é a capacidade máxima do avião”, explicou Vieira. “Mas haverá outros [voos] na medida da necessidade.”

A operação foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, cerca de 20 mil brasileiros vivem no Líbano, que é a maior comunidade do Brasil no Oriente Médio. 

Segundo o Itamaraty, até o momento, cerca de 3 mil pessoas já pediram ajuda para deixar o país. 

Desde a semana passada, o Líbano está sendo bombardeado por Israel, que escalou o conflito na região com o objetivo de eliminar o grupo terrorista libanês Hezbollah, financiado pelo Irã e apoiador do Hamas, de Gaza. 

“Não há lugar no Oriente Médio que Israel não alcance”, afirmou o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. 

Nesta segunda-feira, 95 pessoas morreram durante os bombardeios, segundo o ministério da Saúde libanês.

Na segunda-feira (7), completa um ano desde que Israel foi atacado pelo Hamas, com um saldo de aproximadamente 1.200 mortos e mais de 250 pessoas sequestradas, incluindo mulheres, idosos e bebês.