Por Diário do Poder
O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir Luiz Henrique Mandetta de uma vez por todas do cargo de Ministro da Saúde, encerrando um longo período de desgaste decorrente das divergências em relação à melhor estratégia de enfrentamento da pandemia de coronavírus.
A demissão ainda não foi consumada oficialmente porque Bolsonaro ainda tem dúvidas sobre o substituto mais adequado à função. Um ministro com gabinete no Palácio do Planalto confirmou a demissão há pouco ao Diário do Poder: “O presidente busca um nome respeitável, conhecido e que defenda, em linhas gerais, as mesmas ideias do governo federal”, disse o ministro
Outro ministro que despacha diariamente com Bolsonaro afirmou que Mandetta “está inviabilizado” e confirmou que somente falta definir seu substituto.
O presidente se preocupa com a preservação da equipe que vem cuidando do combate ao coronavírus no âmbito do Ministério da Saúde, por isso avalia a possibilidade de nomear interinamente o atual secretário-executivo, João Gobbardo dos Reis, que foi assessor durante anos do então deputado Bolsonaro.
Cavando a própria demissão
O capítulo final dessa “novela” começou a ser escrito no fim de semana, quando Mandetta voltou a provocar a própria demissão, assumindo atitude de desafio a Bolsonaro.
Ele escolheu passar o fim de semana hospedado na residência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que recentemente anunciou rompimento com o presidente da República. E até concedeu entrevista ao vivo à TV Globo, que troca hostilidades com Bolsonaro.
Durante essa entrevista, na qual adotou discurso e postura de candidato presidencial, Mandetta voltou a alfinetar o presidente da República.
