Um incêndio de grandes proporções tomou o Shopping 25 de Março, no Brás, região central de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (30).
As chamas começaram por volta das 6h40 e forçaram uma rápida mobilização do Corpo de Bombeiros. Ao menos 22 viaturas e 65 agentes foram enviados para combater o fogo, que ainda não estava sob controle até as 9h.
Por volta das 8h, parte do teto cedeu, elevando o risco para as equipes de resgate. A Defesa Civil retirou os ocupantes de um prédio vizinho como medida preventiva, enquanto os bombeiros focaram na contenção do fogo para evitar sua propagação para outras áreas.
Em nota, o órgão informou: “Estima-se que cerca de 200 pequenas lojas tenham sido atingidas pelo incêndio, que resultou no colapso do telhado. Entretanto, a Defesa Civil informa que não há risco de colapso estrutural total da edificação”.
O shopping que pegou fogo no Brás está no nome de Hwu Su Chiu Law, esposa de Law Kin Chong, conhecido como o "rei da 25 de março" e apontado como o maior contrabandista do país pic.twitter.com/uaVQzqI1Lj
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) October 30, 2024
Três pessoas inalaram fumaça e receberam atendimento no Hospital do Tatuapé. Entre elas, uma funcionária de uma loja desmaiou na calçada e agora está sob observação, com estado de saúde estável.
As autoridades ainda investigam o que provocou o incêndio. Lojistas afirmaram à imprensa que o shopping registrou uma queda de energia na tarde de terça-feira (29), mas a Enel, responsável pelo fornecimento, informou que não detectou falhas durante a madrugada e desligou a rede elétrica por precaução após o início do fogo.
Situação estrutural
O incêndio atingiu cerca de 18 mil metros quadrados do shopping. Imagens feitas por comerciantes mostram bombeiros civis utilizando mangueiras para tentar apagar as chamas antes da chegada das viaturas oficiais.
A Sabesp garantiu que não houve desabastecimento de água e que os hidrantes da área estavam em pleno funcionamento.
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do shopping venceu em agosto. Apesar da pendência, a legislação permite que o estabelecimento funcione temporariamente durante a regularização, desde que mantenha bombeiros civis durante o horário de operação.
“[Sem o AVCB] poderia estar funcionando apenas em fase de regularização. Não é o caso de se fechar imediato quando não se tem AVCB. [O prédio precisaria ter bombeiro civil] durante o horário de funcionamento”, informou o capitão Maycon Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros ao G1.