O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou uma variação de 0,72% em agosto de 2024, segundo dados publicados na sexta-feira(16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse valor representa uma aceleração em relação a julho, quando o índice subiu 0,45%. No acumulado do ano, o IGP-10 apresenta alta de 2,36% e, em 12 meses, acumula variação de 4,26%.
O IGP-10 é um indicador econômico que mede a variação dos preços de produtos e serviços no Brasil, sendo composto por três subíndices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Esses subíndices capturam diferentes aspectos da inflação e são utilizados como referência para ajustes contratuais, como aluguéis e serviços.
A alta de agosto foi fortemente influenciada pelo reajuste dos combustíveis autorizado pela Petrobras em julho, que impactou diretamente o IPA, o qual subiu 0,84%. Dentro do IPA, os Bens Finais registraram alta de 0,09%, puxada pelos combustíveis para consumo, que saltaram de 0,73% para 6,56%. Já os Bens Intermediários apresentaram alta de 1,26%, também influenciados pelo aumento nos combustíveis e lubrificantes para a produção, que variaram 2,20%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que reflete a inflação percebida pelos consumidores, subiu 0,33% em agosto, acima dos 0,24% registrados em julho. A gasolina, com alta de 4,56%, foi um dos principais fatores que contribuíram para essa variação, juntamente com o aumento nas passagens aéreas e no gás de botijão. Por outro lado, itens como hortaliças e legumes tiveram quedas significativas, ajudando a conter um aumento maior do índice.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 0,59% em agosto, levemente acima dos 0,54% de julho. No INCC, o grupo Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,68%, enquanto o custo da mão de obra desacelerou para 0,47%.
A variação do IGP-10 afeta diretamente a vida das pessoas, especialmente em contratos de aluguel e serviços indexados ao índice, que tendem a ter seus valores reajustados para cima.
O aumento dos combustíveis também gera um efeito em cadeia, elevando o custo do transporte e, consequentemente, os preços de produtos e serviços. Na construção civil, o aumento dos custos reflete-se no preço final dos imóveis, dificultando o acesso à moradia e pressionando o orçamento de quem está construindo ou reformando.