De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última quinta-feira (28), a taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,8% nos três meses até fevereiro, registrando a taxa mais alta desde agosto do ano passado.
Esses números representam um aumento de 0,3 ponto percentual em comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2023 e uma queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre finalizado em fevereiro de 2023, quando a taxa estava em 8,6%.
De acordo com o levantamento, a população desocupada, aqueles em busca de emprego, atingiu 8,5 milhões, registrando um crescimento de 4,1% na comparação trimestral. Já na comparação anual, houve um recuo de 7,5% no número de desocupados em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023.
Em relação à população ocupada, que alcançou um total de 100,25 milhões de pessoas, foi observada estabilidade no trimestre. Já em comparação com o ano anterior, houve um aumento significativo de 2,2%.
Segundo a coordenadora do IBGE para a Forbes, o aumento da taxa de desemprego nessa época do ano está associado “ao retorno de pessoas que, eventualmente, tinham interrompido a sua busca por trabalho em dezembro e voltaram a procurar uma ocupação nos meses iniciais do ano seguinte”.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 0,7% nos três meses até fevereiro em comparação com o trimestre até novembro, enquanto os que não tinham carteira diminuíram 1,1%.
De acordo com Beringuy, as categorias que tiveram dispensas ‘têm uma predominância de trabalhadores informais’. Isso contribuiu para manter estável o contingente de empregados com carteira assinada.
Outros dados apontados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE:
- Empregados com carteira assinada: 37,99 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,3 milhões
- População desocupada: 8,5 milhões de pessoas
- Taxa de desocupação: 7,8%
- População ocupada: 100,25 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
- População desalentada: 3,7 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
- Trabalhadores informais: 38,8 milhões
- Taxa de informalidade: 38,7%
Ainda de acordo com os dados da pesquisa, o rendimento médio das pessoas ocupadas subiu de R$ 3.097 no trimestre até janeiro para R$ 3.110 no trimestre até fevereiro.