O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu uma carga com 50 aranhas-caranguejeiras, na última sexta-feira (18), no Centro de Triagem Internacional dos Correios, em São Paulo.
Os animais estavam disfarçados na bagagem de um passageiro brasileiro que voltava da Bélgica, camuflados entre brinquedos, roupas infantis, materiais escolares e alimentos.
O responsável pela carga foi autuado e multado em R$ 12 mil por não apresentar a licença ambiental necessária para a importação das aranhas.
As caranguejeiras foram enviadas ao Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantã, onde passarão por análises e farão parte de projetos de pesquisa científica.
De acordo com dados do Ibama, somente entre janeiro e outubro deste ano, mais de 8 mil espécies da fauna silvestre e exótica foram apreendidas em São Paulo. Além disso, foram confiscados 40 quilos de bexigas natatórias de peixes e 120 quilos de barbatanas de tubarão.
Em nota, o órgão ressaltou que essa prática criminosa representa um grande desafio no país, tanto pela sua abrangência quanto pelos danos ambientais que provoca.
Para minimizar os danos, o Ibama enfatizou a importância de conscientizar a sociedade sobre os efeitos do comércio ilegal de espécies e mencionou a realização de operações frequentes em portos, aeroportos e pontos de fiscalização.
Tráfico é danoso e envolve maus-tratos
O tráfico de animais envolve a captura de espécies silvestres em seus habitats naturais para o comércio ilegal.
Geralmente, esses animais são vendidos para colecionadores, laboratórios que realizam testes de medicamentos e cosméticos, comerciantes de peles e couros, circos, ou adquiridos como animais de estimação, muitas vezes sem que os compradores percebam o impacto ambiental que estão causando.
O processo de comercialização pode ser cruel desde a captura, que utiliza técnicas e armadilhas que ferem os animais, até o manejo inadequado e transporte em gaiolas apertadas, o que pode resultar em morte.