IBAMA confirma vazamento de ácido sulfúrico no rio Tocantis após queda da ponte Juscelino Kubitschek

Por Redação Epoch Times Brasil
06/01/2025 16:49 Atualizado: 06/01/2025 16:49

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou, nesta segunda-feira (6), que houve vazamento de ácido sulfúrico no rio Tocantins, resultado do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que conecta o Maranhão ao Tocantins. 

Cerca de 23 mil litros de ácido sulfúrico vazaram de um dos tanques transportados pela empresa Pira-Química, que carregava ao todo 76 toneladas da substância.

De acordo com o Ibama, o volume derramado foi diluído pela correnteza, minimizando o risco imediato ao meio ambiente. 

Ainda assim, a retirada dos tanques restantes do leito do rio será fundamental para evitar possíveis impactos futuros. A operação, que se torna mais complicada devido às fortes correntezas, deve levar até um mês para ser concluída.

O desabamento da ponte, ocorrido no dia 22 de dezembro, causou 14 mortes e outras três pessoas continuam desaparecidas. 

Equipes de resgate seguem mobilizadas na região, onde a abertura das comportas da hidrelétrica de Estreito, necessária devido às chuvas, tem dificultado as buscas.

Carga submersa no Tocantins

O colapso da ponte JK, que atravessa o rio Tocantins, lançou ao fundo do rio não apenas o caminhão da Pira-Química, mas também dois outros veículos transportando materiais de alto risco.

Entre eles, um tanque da empresa Videira, carregado com outros 40 mil litros de ácido sulfúrico, permanece submerso, mas, segundo mergulhadores, sem sinais de vazamento. 

Já o veículo da Suminoto levava bombonas contendo agrotóxicos, cuja avaliação detalhada ainda depende de operações de sondagem agendadas para hoje.

O Ibama, em conjunto com o DNIT, exigiu que todas as empresas envolvidas apresentem Planos de Atendimento à Emergência (PAEs). Esses documentos deverão detalhar os procedimentos necessários para a retirada das cargas e mitigar eventuais impactos ambientais.