A administração do prefeito Fernando Haddad (PT) suspendeu, no mês de julho, os passes livres de no mínimo 9.000 estudantes que residem em São Paulo e estudam na região metropolitana.
Um dos casos foi o de Luanna Gabriely do Nascimento, 21, que estuda história na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Guarulhos (Grande SP), e reside no Grajaú, zona sul da cidade de São Paulo.
A jovem diz que recebe a cota do passe livre desde 2015 para conseguir estudar em Guarulhos, mas ao utilizar o bilhete no início do mês deu-se conta de que o benefício não tinha sido liberado. “Desde o ano passado, as cotas caem sempre no primeiro dia do mês, mas isso não aconteceu agora. Do nada, não tínhamos mais o benefício”.
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Para chegar à universidade, a estudante diz que tem de tomar um ônibus até a estação Grajaú, da linha 9-esmeralda da CPTM, além de duas baldeações até a estação Armênia, da linha 1-azul do Metrô, onde embarca em um ônibus intermunicipal. “Sem o passe livre, gasto mais de R$ 24 para ir e voltar. Na segunda, eu não fui para faculdade. Nos demais dias consegui uma carona com o meu irmão, mas muitos dos meus amigos faltaram”, declarou Luanna.
A estudante afirmou também que vários de seus colegas foram igualmente prejudicados pela suspensão do passe livre. De acordo com Luanna, vários de seus amigos fizeram contato com a SPTrans (empresa municipal que administra o transporte público) e tiveram a informação de que não teriam direito ao passe livre porque não estudavam na cidade e de nenhuma maneira deveriam ter recebido o benefício.