Guilherme Derrite sofre pedido de impeachment na Alesp

Por Redação Epoch Times Brasil
06/12/2024 20:57 Atualizado: 06/12/2024 20:57

Deputados estaduais da oposição protocolaram, na sexta-feira (6), um pedido de impeachment contra o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. A iniciativa foi liderada pelo deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL). 26 parlamentares distribuídos entre PSOL, PT, PCdoB, Rede e PSB assinaram o pedido.

A justificativa para o pedido é que Derrite teria cometido “crimes de responsabilidade, de atentado ao livre exercício do direito social à segurança pública e atentado à probidade da administração”, nas palavras do texto.

O pedido de impeachment surge após a revelação de casos que envolvem abuso de autoridade e letalidade policial nos últimos 30 dias. Os fatos resultaram no afastamento de 45 policiais militares e na prisão de dois PMs. Os episódios ocorreram em diversas regiões de São Paulo e foram registrados por câmeras de segurança e celulares.

Um dos argumentos usados pelos deputados é o artigo 7.º da Lei dos Crimes de Responsabilidade, que estabelece que é crime permitir ou tolerar abusos de poder cometidos por autoridades subordinadas. Para os parlamentares, a falta de punição exemplar aos policiais envolvidos em abusos é uma falha grave da gestão de Derrite.

Em coletiva na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Guilherme Cortez afirmou que o secretário não tem a capacidade necessária para ocupar o cargo e que, além disso, estaria sendo protegido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“[O governador de São Paulo] optou por protegê-lo, desconsiderando completamente as dores das vítimas e normalizando essa conduta policial truculenta. O projeto do governo é instrumentalizar a violência policial para fins eleitorais”, acusou o psolista.

Tarcísio, por sua vez, em declaração feita na quinta-feira (5), defendeu a permanência de Derrite no cargo. O governador afirmou que confia no trabalho da sua equipe e assumiu a responsabilidade pelos erros cometidos pela PM.

Agora, cabe ao presidente da Alesp, André do Prado (PL), decidir se o pedido será aceito e processado, o que poderá resultar na instauração de um tribunal misto para avaliar a denúncia.

Os seguintes deputados estaduais assinaram o pedido:

  • Ana Perugini (PT)
  • Andréa Werner (PSB)
  • Beth Sahão (PT)
  • Carlos Giannazi (PSOL)
  • Donato (PT)
  • Ediane Maria (PSOL)
  • Eduardo Suplicy (PT)
  • Emídio De Souza (PT)
  • Enio Tatto (PT)
  • Guilherme Cortez (PSOL)
  • Jorge Do Carmo (PT)
  • Leci Brandão (PCdoB)
  • Luiz Claudio Marcolino (PT)
  • Luiz Fernando T. Ferreira (PT)
  • Márcia Lia (PT)
  • Professora Bebel (PT)
  • Marina Helou (Rede)
  • Maurici (PT)
  • Monica Seixas (PSOL)
  • Paula da Bancada Feminista (PSOL)
  • Reis (PT)
  • Paulo Fiorilo (PT)
  • Rômulo Fernandes (PT)
  • Simão Pedro (PT)
  • Teonilio Barba (PT)
  • Thainara Faria (PT)