A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que durou 114 dias, foi oficialmente encerrada nesta quarta-feira (6) após um acordo entre as entidades representantes da categoria e o governo federal.
A assinatura do termo ocorreu em Brasília, com a participação de representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pelas negociações com os servidores, do INSS e do deputado federal Mauro Benevides Filho, vice-líder do Governo na Câmara.
O Gabinete da Presidência da República também teve papel importante na mediação.
Iniciada em 16 de julho, a paralisação foi marcada por intensas negociações e momentos de grande tensão entre os servidores e o governo.
O acordo fechado inclui a reestruturação remuneratória da Carreira do Seguro Social, que será implementada em duas fases: a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026.
Além disso, compromissos foram estabelecidos para restabelecer a normalidade no atendimento aos segurados, que sofreu sérios impactos durante a greve.
A decisão de encerrar o movimento foi tomada após uma assembleia da Fenasps, que optou por assinar o termo para evitar punições por faltas injustificadas, que poderiam resultar em processos administrativos disciplinares (PAD) e até demissões.
Durante a greve, aproximadamente 4.000 perícias médicas presenciais foram remarcadas, afetando diretamente milhares de pessoas.
Além disso, cerca de 100 mil cidadãos ficaram sem atendimento nas 1.572 agências da Previdência Social em todo o país. O número de pedidos de reconhecimento de direitos aumentou em 11,27%, subindo de 1.353.910 para 1.506.608 em todo o Brasil, de acordo com o Extra.
A assinatura de acordos com outras entidades representantes da categoria contribuiu para isolar o movimento da Fenasps, o que pressionou os grevistas e levou ao desgaste da paralisação.
Com o fim do movimento, os servidores retornarão ao trabalho na próxima sexta-feira (8).