A revista ISTOÉ conseguiu documentos e áudios que mostram como diretores do fundo de pensão da Caixa, forçados por dirigentes petistas, entre eles o ex-tesoureiro João Vaccari, autorizaram aplicações que prejudicaram a instituição e deram benefícios aos aliados e a OAS de Léo Pinheiro, envolvida no esquema do Petrolão.
Aparelhados pelos partidos políticos durante a gestão petista, os fundos de pensão das estatais e empresas federais se tornaram alvo de uma grande investigação da Procuradoria do Distrito Federal sobre roubo de recursos que trouxeram prejuízos aos aposentados no valor de R$ 8 bilhões.
Tudo isso faz parte da Operação Greenfield, que cumpriu, no último dia 5, um total de 28 mandados de condução coercitiva, sete de prisões temporárias e 106 de buscas e apreensão.
As gravações obtidas pela revista ISTOÉ estão relacionadas a reuniões de diretores da Funcef – órgão responsável pela administração da previdência complementar da Caixa, o qual dirigido por executivos indicados e ligados ao PT, causando um prejuízo de ao menos R$ 2 bilhões.
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O material reunido denuncia o descaso completo com os recursos dos aposentados e revela uma inequívoca manipulação de dirigentes da Funcef com o objetivo de favorecer acordos políticos.
Para a PF, há claras indicações de que o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato, seja a principal figura atrás das operações fraudulentas gerenciadas pela cúpula da Funcef. As suposições também incidem sobre o ex-ministro da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner.
Um dos beneficiados pelo esquema, de acordo com as investigações, foi o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, vinculado ao PT, a Lula e a Jaques Wagner.