Governo retira status de ministério da Secretaria de Reconstrução do RS e Paulo Pimenta retorna a Secom

Secretaria vai para a pasta do Ministério da Casa Civil e será extinta até o final de 2024, em meio a críticas pela lentidão no processo de reconstrução.

Por Matheus de Andrade
11/09/2024 12:09 Atualizado: 11/09/2024 12:09

O governo federal decidiu retirar o status de ministério da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que foi criada após as enchentes que atingiram o estado. A medida, publicada no Diário Oficial da União, prevê que a secretaria será incorporada à Casa Civil até dezembro de 2024, quando será extinta.

Paulo Pimenta, que chefiava a secretaria, retornará ao cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), função que ocupava antes de ser designado para a liderança das ações de recuperação no estado.

A Secretaria de Reconstrução foi criada como uma resposta emergencial do governo federal, após as chuvas devastarem diversas regiões do Rio Grande do Sul. Seu objetivo era coordenar os esforços de reconstrução em parceria com o governo estadual, liderado por Eduardo Leite.

A Medida Provisória que criou a secretaria não foi votada pelo Congresso a tempo e perdeu validade em 11 de setembro. Com isso, o governo decidiu não renovar o status de ministério e transferiu as funções da pasta para a Casa Civil até o fim de 2024, quando será extinta.

A decisão foi tomada em meio a críticas de que o processo de reconstrução no estado ainda não está totalmente concluído.

Em conversa com o Epoch Times Brasil, o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) afirmou que a criação da Secretaria Extraordinária da Reconstrução do RS foi uma “ação de marketing político” do governo, que ele considera ter falhado em responder de forma adequada à maior catástrofe climática do país.

Ele também afirmou que a nomeação de Paulo Pimenta foi uma “manobra eleitoreira” para promover o candidato do PT nas eleições de 2026, se referindo a possibilidade de Paulo Pimenta concorrer ao cargo de governador do RS.

“Pimenta achou que ia surfar na onda de salvador da pátria. Mas logo a realidade se impôs e a maioria das promessas ficou no papel. Os gaúchos estão indignados com o tratamento oferecido pelo governo Lula”, disse o deputado.

O Epoch Times Brasil entrou em contato com o ministro Paulo Pimenta que não respondeu ao pedido de comentário até o momento da publicação da matéria.