O governo brasileiro, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou na quarta-feira (14) que aceitou a indicação de um novo embaixador da ditadura da Coreia do Norte no Brasil, encerrando um período de mais de três anos sem representação diplomática plena do país asiático em território brasileiro.
A nomeação de Song Se Il como o novo embaixador norte-coreano em Brasília foi recebida com satisfação pelo Itamaraty.
“O governo brasileiro tem a satisfação de informar que concedeu agrément ao senhor Song Se Il como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Popular Democrática da Coreia no Brasil”, diz a nota oficial do Itamaraty.
Esta decisão marca um restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, que haviam sido interrompidas durante a pandemia de COVID-19. Em 2020, o Brasil havia fechado sua embaixada em Pyongyang e retirado seu embaixador, Luís Felipe Silvério Fortuna, que atualmente está alocado na Coreia do Sul.
A decisão brasileira de aceitar o embaixador norte-coreano segue uma série de desenvolvimentos diplomáticos que começaram em 2022, quando o ditador Kim Jong-un enviou uma mensagem de felicitações a Lula por sua vitória nas eleições presidenciais. “Confiança de que a relação amigável e cooperativa entre os países será aprimorada e fortalecida de acordo com as necessidades dos tempos” disse o líder norte-coreano.
Desde então, ambos os países vêm demonstrando interesse em reativar suas relações diplomáticas, culminando na aceitação da nomeação de Song Se Il.
A Coreia do Norte, um dos regimes mais isolados e sancionados do mundo, busca aumentar sua influência diplomática e manter canais de diálogo com países fora de sua tradicional esfera de influência.