Entre os dias 17 e 23 de março, 283 pessoas perderam suas vidas para a COVID-19 no Brasil. Apesar de alto, o número divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) não ganhou destaque do Ministério da Saúde, que parou de divulgar dados diários relacionados à doença em março de 2023, pouco depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda de acordo com a Conass, até o início de março foram registrados 518.972 novos casos da doença e 2.611 óbitos.
Vice-presidente testa positivo para COVID-19 pela segunda vez
Recentemente, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) testou positivo para a COVID-19 após participar de um almoço na companhia do presidente Lula e Emmanuel Macron, presidente da França. A informação foi confirmada pela sua assessoria em 31 de março, levando ao cancelamento da sua agenda política. Esse é o segundo episódio em que Alckmin contraiu a doença, sendo a primeira ocorrência registrada em 2022.
Dengue assusta e governo tem dificuldades em lidar com alta nos casos
O aumento dos casos de dengue em 2024 tem gerado preocupação e críticas à administração do governo Lula. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, tornou-se alvo da oposição devido à gestão considerada desastrosa no enfrentamento à doença.
Apesar das críticas e dos números inéditos de casos e óbitos, a ministra definiu um limite de R$ 800 mil para o pagamento de emendas parlamentares destinadas a projetos de educação em saúde no combate contra a dengue. O teto foi anunciado no Diário Oficial da União no início de março.
No Congresso, a decisão da ministra foi mal recebida pelos parlamentares. Além de apontarem que a limitação torna inviáveis vários projetos em estados mais pobres, deputados e senadores consideram a medida como um gesto de desconsideração do governo Lula em relação ao Parlamento.
O momento escolhido para estabelecer o teto não poderia ser pior. A decisão chega em um momento crítico em que a dengue está atingindo níveis alarmantes. Com mais de 2 milhões de casos confirmados e aproximadamente 923 óbitos, a doença está desencadeando um caos no sistema de saúde pública, sobrecarregando hospitais e levando municípios a declararem situação de emergência.