Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), nesta quarta-feira (31), condenou o bombardeio realizado por Israel em Beirute, capital do Líbano, que resultou na morte do líder do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr. O governo afirmou acompanhar a situação no Oriente Médio com “preocupação” e se referiu ao Hezbollah como um “partido libanês”.
“O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah. A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países”, diz o texto.
“O governo brasileiro apela à comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição para conter imediatamente o agravamento do conflito”, finaliza a nota.
Ação contra líder do Hezbollah é resposta por ataque mortal contra crianças no norte de Israel
Segundo Daniel Hagari, porta-voz militar de Israel, Fuad Shukr foi o responsável pelo ataque ocorrido no sábado (27), no qual 12 crianças foram mortas após o Hezbollah lançar um foguete iraniano diretamente contra um campo de futebol no norte de Israel.
Imediatamente após o ataque nas Colinas de Golã, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, alertou ao Canal 12 israelense sobre a possibilidade de um conflito mais amplo. “Não há dúvida de que o Hezbollah ultrapassou todas as linhas vermelhas com esta ação, e nossa resposta refletirá essa gravidade”, afirmou. “Estamos nos aproximando de um ponto em que enfrentamos a ameaça de uma guerra total.”
O ataque foi classificado como o mais mortal em Israel ou em território anexado desde o início do conflito em Gaza.
Idan Avshalom, médico do serviço de ambulâncias, descreveu a cena ao jornal The Times of Israel: “Quando chegamos ao campo de futebol, testemunhamos uma grande destruição, com várias coisas em chamas. Havia vítimas espalhadas pela grama, e o cenário era horrível.”
O governo brasileiro condenou o bombardeio nas Colinas de Colã, mas não citou o Hezbollah como responsável.