Foi lançado nesta terça-feira (5), durante a 4ª edição do Airport National Meeting, em Brasília – um evento voltado para conectar aeroportos e negócios – o Programa de Acolhimento ao Passageiro com Transtorno do Espectro Autista.
A expectativa é implementar 20 salas multissensoriais nos principais aeroportos do país até 2026. Esses ambientes serão equipados com estímulos visuais, táteis e auditivos, visando promover o relaxamento e a concentração desse público.
Além das salas destinadas a todas as faixas etárias, o programa do governo federal prevê também a criação de acomodações em ambientes tranquilos para passageiros em caso de crise, bem como o treinamento de funcionários dos aeroportos para o atendimento a essas pessoas.
De acordo com o governo petista, seis salas serão implementadas no primeiro trimestre de 2025. Mas a medida, assinada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, não é de todo uma novidade no Brasil.
Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé França, atualmente, quatro salas multissensoriais já estão instaladas em aeroportos brasileiros. Ele garante que, seguindo a mesma linha, todas as salas do programa do governo serão implementadas sem custo para os cofres públicos.
A iniciativa, que integra o programa Viver sem Limites II, é inspirada nas duas salas sensoriais implementadas pela Concessionária Zurich Airport, localizadas nos aeroportos de Florianópolis (SC) e Vitória (ES).
“Nossa meta é que todos os aeroportos das capitais e os principais, com maior fluxo, possam ter instaladas essas salas”, afirmou Franca. “Tudo sem nenhum custo para a União.”
Os movimentados aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, também dispõem de salas especiais para a inclusão de crianças atípicas, inauguradas em junho de 2023.