O presidente da Comissão Especial do Impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), considerou finalizada a fase de reunião de provas do processo, depois que foi feita a apreciação do depoimento escrito da petista em uma das últimas sessões da comissão.
O apoio cada vez maior à retirada definitiva de Dilma Rousseff da Presidência da República está sendo festejado pelo Planalto. Foi realizada recentemente uma pesquisa pelo primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), em que se constatou que já são entre 65 e 70 os senadores a favor. Para que o processo de impeachment prossiga, bastarão apenas 54 votos. Medidas acertadas, principalmente no campo econômico, e a tranquilização do país, motivam os indecisos, segundo afirmou o governo. “Temos contabilizados 65 votos, mas podemos chegar a 70”, assegura Beto Mansur.
“Quando Dilma voltar para Porto Alegre, a economia se estabiliza de vez”, afirmou o experiente deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). A presidente afastada responde pela acusação de crimes de responsabilidade e contra a Lei Orçamentária, com penas previstas na Constituição.
Leia também:
• Pacote anticorrupção deve ser votado no Congresso até dezembro
• Depoimentos na Lava-Jato complicam presidente afastada Dilma Rousseff
• PF deflagra Operação Ali Babá para investigar fraudes bancárias na Bahia
No Senado, serão pelo menos 58 votos pró-impeachment, se este acompanhar a equivalência de votos contra Dilma na Câmara (367 pelo afastamento).
Somente haverá nova reunião da comissão no dia 2 de agosto, quando será apresentado o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG). Nesse dia, será feita a leitura do parecer na comissão, para ser discutido no dia seguinte e votado no dia 4 de agosto.
Cronograma da Comissão Especial do Impeachment:
– De 13/7 a 27/7: Prazo para entrega das alegações finais da defesa de Dilma Rousseff
– De 28/7 a 1º/8: Período para elaboração do parecer do relator Antonio Anastasia
– Terça-feira (2/8) Leitura do parecer na comissão especial
– Quarta-feira (3/8): Senadores discutem o parecer
– Quinta-feira (4/8): Votação do parecer na comissão
– Sexta-feira (5/8): Leitura do parecer no plenário principal do Senado
– Terça-feira (9/8): Início da discussão e votação do parecer no plenário (sessão pode se estender pela madrugada de quarta-feira (10/8).