A Polícia Civil do Rio de Janeiro interditou um galpão clandestino na quinta-feira (7) em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste, onde era realizada a produção de azeite falsificado.
A operação resultou na prisão de quatro indivíduos em flagrante, acusados de crimes contra a relação de consumo e fraude no comércio.
O local foi lacrado e grande quantidade de material utilizado na falsificação foi apreendido, incluindo maquinário industrial, garrafas e insumos para envase e rotulagem.
De acordo com a investigação, o grupo produzia azeites falsificados misturando 70% de óleo vegetal com azeite de baixa qualidade.
Os produtos eram embalados com rótulos de marcas inexistentes e vendidos em redes de supermercados do Rio de Janeiro, lesando os consumidores que acreditavam estar adquirindo azeite de oliva de alta qualidade.
Além disso, também eram reaproveitados rótulos de lotes que haviam sido considerados impróprios para consumo pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
Os quatro indivíduos presos em flagrante são oriundos de Minas Gerais e foram autuados por crime contra a economia popular. No entanto, os detidos foram liberados após o pagamento de fiança.
Segundo a Polícia Civil, o galpão já operava há algum tempo, e a produção clandestina abastecia uma grande parte do mercado local, gerando lucro através do engano e prejudicando a saúde dos consumidores.
A Polícia também investiga o grau de envolvimento das redes de supermercados que revendiam os produtos adulterados. Os investigadores buscam determinar se os estabelecimentos tinham conhecimento da origem clandestina dos azeites.
A venda de produtos falsificados compromete tanto a segurança alimentar dos consumidores quanto a economia local.
Esses produtos ilegais concorrem deslealmente com as marcas regulares e causam prejuízos ao setor.
Em outubro de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária emitiu um alerta sobre a desclassificação de 12 marcas de azeite devido a fraudes.
Entre as marcas mencionadas estavam Grego Santorini, La Ventosa, Alonso, Quintas D’Oliveira, Olivas Del Tango, Vila Real, Quinta de Aveiro, Vincenzo, Don Alejandro, Almazara, Escarpas das Oliveiras e Garcia Torres.
As amostras dessas marcas foram analisadas e desclassificadas por não atenderem aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos pelas autoridades competentes.
Recomendações aos consumidores
Diante da operação, a Polícia Civil recomenda que os consumidores tomem precauções ao adquirir azeite de oliva.
Primeiramente, é essencial verificar a procedência do produto, optando por marcas reconhecidas e que possuam registro nos órgãos competentes, como o Ministério da Agricultura e a Anvisa.
É importante desconfiar de produtos com preços muito abaixo da média do mercado, pois isso pode ser um indício de adulteração.
Além disso, é aconselhável observar cuidadosamente os rótulos e as embalagens dos produtos, verificando se há sinais de violação ou informações inconsistentes.
Produtos adulterados podem conter substâncias prejudiciais que comprometem a segurança alimentar.
Por isso, é fundamental que o consumidor esteja atento e, caso desconfie de irregularidades, denuncie às autoridades competentes para evitar que esse tipo de crime continue ocorrendo.