Uma descoberta paleontológica recente trouxe à luz um fóssil de dinossauro de 233 milhões de anos no Rio Grande do Sul. O fóssil foi descoberto no município de São João do Polêsine, na região central do estado, após uma série de desastres naturais que afetaram a área, incluindo enchentes e deslizamentos de terra, que expuseram as camadas geológicas onde o fóssil estava enterrado.
O fóssil ainda será estudado para determinar a espécie pelos paleontólogos do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), porém a definição atual é de que se trata de um Herrerassaurus.
O réptil, que mede cerca de 2,5 metros de comprimento, é um dos dinossauros mais antigos já encontrados. A espécie é conhecida por suas características primitivas e especializadas, representando um importante elo na evolução dos dinossauros. A descoberta contribui significativamente para o entendimento dos primeiros períodos da era dos dinossauros e a evolução dos predadores do Triássico Superior.
A região onde o fóssil foi encontrado é rica em depósitos geológicos do período Triássico, uma era que abrange de 250 a 200 milhões de anos atrás. O Rio Grande do Sul já é conhecido por outros achados paleontológicos importantes, mas esta descoberta é particularmente notável devido à idade do fóssil e ao seu estado de conservação.
Características do herrerasaurus
O Herrerasaurus era um dinossauro carnívoro, caminhava sobre duas patas e tinha mandíbulas poderosas, cheias de dentes afiados. Este dinossauro apresenta uma combinação única de características primitivas e derivadas, o que o torna um espécime crucial para estudos sobre a evolução dos dinossauros. Os membros superiores eram curtos, mas fortes, sugerindo que eram usados para agarrar e segurar presas, enquanto os membros inferiores longos permitiam rápida locomoção.