Por Bruna de Pieri – Terça Livre
O procurador-geral da República, Augusto Aras, teceu críticas à operação Lava Jato.
De acordo com Aras, os rumos de parte do Ministério Público Federal (MPF) precisam ser corrigidos para que o que chamou de “lavajatismo” dentro da instituição seja superado.
A afirmação foi feita durante debate virtual, promovido por um grupo de advogados. Para o PGR, a “correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção”.
Ainda segundo ele, sua gestão visa acabar com o “punitivismo” do Ministério Público e que não pode existir “caixa-preta” no MP.
“Esse ‘lavajatismo’ precisa ser substituído pelo bom e velho enfrentamento à corrupção”, afirmou.
“Todo Ministério Público Federal, no seu sistema único, tem 40 terabytes. Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas lá, com seus dados depositados. Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios e não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com caixa de segredos”, pontuou Aras.
Membro da força-tarefa de Curitiba, o procurador Roberson Pozzobon criticou em uma rede social a declaração de Aras:
“A transparência faltou mesmo no processo de escolha do PGR pelo presidente Bolsonaro. O transparente processo de escolha a partir de lista tríplice, votada, precedida de apresentação de propostas e debates dos candidatos, que ficou de lado, fez e faz falta”.