Florianópolis enfrentou um final de semana de tensão com ações criminosas de facções que resultaram em prisões e confrontos com a polícia. A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu 14 pessoas ligadas aos ataques no sábado (19), enquanto uma pessoa morreu em confronto com a Polícia Militar.
Segundo o Secretário de Segurança Pública, Fábio Graff, a situação está “sob controle”.
Os incidentes ocorreram na comunidade de Papaquara, no norte da ilha, durante uma operação policial para conter um conflito entre facções. Sete pessoas foram presas e um homem morreu. Para desviar a atenção, indivíduos organizaram ataques, incluindo o incêndio de carros e entulhos.
O delegado Ulisses Gabriel afirmou que ainda não há número total de envolvidos, mas as investigações seguem. A Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) instaurou um inquérito para prender os demais responsáveis.
No domingo (20), 13 pessoas passaram por audiências de custódia, e todas as prisões em flagrante foram convertidas em prisões preventivas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O órgão determinou dez dias para a conclusão dos inquéritos.
Os ataques incluíram o incêndio de seis veículos, sendo um deles um ônibus. Barricadas também foram montadas: 12 em Florianópolis e cinco em cidades vizinhas, como São José, Palhoça e Tijucas. Na BR-101, o incêndio de três carros causou engarrafamento de 21 km.
Durante os ataques, a Secretaria de Segurança Pública instaurou um gabinete de crise, reunindo setores de inteligência e diretorias especializadas no combate ao crime. Foram apreendidas seis armas, munições e coletes balísticos.
Dois homens ficaram feridos e foram presos após atos de vandalismo nas comunidades de Mocotó e Chico Mendes, em Florianópolis. Segundo Ulisses Gabriel, eles reagiram à chegada da Polícia Militar e foram alvejados.
No mesmo dia, um show de Paul McCartney foi realizado na Ressacada, com reforço policial nos arredores para garantir a segurança.
Em coletiva, o governador Jorginho Mello (PL-SC) criticou os ataques, descrevendo os envolvidos como “bandidos e arruaceiros”. Destacou que “a polícia agiu como devia” e garantiu apoio do Ministério Público e da Polícia Federal.
Para tranquilizar a população, Mello reafirmou a posição do governo de não tolerar ações criminosas, garantindo que “a bandidagem não terá moleza” e que “se tentarem algo, levarão chumbo”.
As investigações continuam, com a Polícia Civil empenhada em identificar e prender outros envolvidos nos atos criminosos. As autoridades afirmam que a situação está sob controle e as forças de segurança permanecem em alerta.