A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) trouxe de volta seu pato amarelo inflável — conhecido símbolo das manifestações que pediram o impeachment de Dilma Rousseff (PT) — em sua sede em São Paulo, na Avenida Paulista, 1313. A iniciativa é uma resposta à decisão do governo federal, que foi divulgada ontem e já está vigorando nesta sexta-feira, de aumentar as alíquotas do PIS e da Cofins que incidem no preço dos combustíveis.
Ontem (20), o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que ficou “indignado” com a medida, e avaliou que o aumento de tributos deve agravar a crise justamente agora que a economia está se recuperando. O tema da campanha da Fiesp é “Não vou pagar o pato”, que é uma referência às tarifas que poderiam aumentar para diminuir o buraco no orçamento federal.
“Aumento de imposto recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo”, mencionou Skaf em comunicado. O presidente da Fiesp falou também que a entidade patronal conserva seus princípios, “independentemente de governos”.
“Somos contra o aumento de impostos porque acreditamos que isso é prejudicial para o conjunto da sociedade. Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato. Diga não ao aumento de impostos! Ontem, hoje e sempre”. Paulo Skaf é membro do PMDB e aliado de Michel Temer.
Nesta sexta-feira (21), a Fiesp vai organizar uma conferência sobre infraestrutura no setor de Telecomunicações.
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