Evento sobre ‘democracia’ reúne políticos do Brasil e do Partido Comunista da China

11/06/2021 16:28 Atualizado: 11/06/2021 16:28

Por Brehnno Galgane, Terça Livre

O Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e o Centro de Segurança e Estratégia Internacional da Universidade Tsinghua da China organizaram um evento online para debater a “importância dos partidos políticos para a governabilidade”.

O evento ocorreu nos dias 9 e 10 de junho no canal do YouTube do IREE.

Participaram do evento na quarta-feira (9) o deputado federal e presidente do MDB, Baleia Rossi (SP); o presidente do PDT, Carlos Lupi; a vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos.

Já os representantes da ditadura chinesa no evento foram Zhang Baijia, historiador e ex-vice-diretor do Centro de Investigação de História do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC); Li Junru, teórico do marxismo na China e ex-vice-diretor do Centro de Pesquisa Histórica do PCC, Zhang Lirong, secretário-geral do Fórum China do Instituto Chinês de Ciência do Esporte (CISS) e Yang Wanming, embaixador da “República Popular da China” no Brasil.

Nesta quinta-feira (10), participaram a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR); o presidente do PSOL, Juliano Medeiros; o presidente do PSDB, Bruno Araújo e o presidente do PSD, Gilberto Kassab.

Representando o Partido Comunista, participaram o embaixador e ex-vice-ministro do Departamento Internacional do Comitê Central do PCC, Yu Hongjun; o vice-diretor e pesquisador-professor do Instituto de Estudos Latino-americanos do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China (CICIR), Sun Yanfeng; o secretário-geral do Fórum China do CISS, Zhang Lirong e novamente Yang Wanming.

Ao analisar o encontro, o jornalista Allan dos Santos, durante o Boletim da Noite de quarta-feira (9), ressaltou a incoerência do PCC.

“Isso é incrível: ‘vamos debater a democracia com ditaduras’. A canalhice não tem tamanho. O Partido Comunista chinês continua até hoje matando pessoas, dando tiro na nuca, prendendo ilegalmente. Eu poderia ficar aqui abrindo vários sites com notícias atualizadas, uma perseguição dura e cruel a cristãos, católicos, evangélicos, e não só cristãos, até muçulmanos. Coisa que nenhum de nós aqui defenderá, um tipo de país que prende e mata muçulmanos por serem muçulmanos, que loucura. Prende e mata cristãos por serem cristãos”, apontou o jornalista.

“Agora, é óbvio que um povo que não é esclarecido acerca disso achará supernormal, um país como outro qualquer. Mas como assim um país como outro qualquer? Quando você pisa na China, para acessar redes sociais é preciso usar VPN. Para quem não sabe, VPN muda a localização de onde você está acessando a internet, com isso é possível sair do bloqueio daquele país. É isso que acontece na China. Um país que limita a quantidade de filhos que você pode ter”, acrescentou Allan dos Santos.

“Vejam que tipo de regime eles querem implementar no Brasil. Porque não pense você que um deputado fala com membros do Partido Comunista chinês como se ele quisesse apenas relações comerciais. Como se fosse possível ter relações comerciais com criminosos, genocidas. É uma canalhice sem tamanho”, concluiu o jornalista.

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