Estado do Rio Grande do Sul decreta calamidade pública devido a chuvas

Previsão é que a chuva só pare na sexta-feira (3).

Por Redação Epoch Times Brasil
02/05/2024 22:48 Atualizado: 02/05/2024 22:48

O grande volume de chuva que tem desolado o estado do Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira (29), já afetou ao menos 114 municípios e levou o governador a decretar estado de calamidade pública.

Em 2023, fortes chuvas causaram a morte de 54 pessoas na região do Vale do Taquari, que foi novamente afetada pelas chuvas agora em 2024. Outras regiões que também foram afetadas são Vale do Rio Pardo, Vale do Caí e Região Central do estado, em Santa Maria.

O Rio Taquari, que dá nome a região, atingiu a marca histórica de 30 metros de cheia, a maior cheia desde o início das contagens. Às 20h30 do dia 1 de abril o rio atingia 29,75m. Às 21h30 o Taquari já havia atingido 30,15m, subindo 40 cm em apenas uma hora.

Nas rede social X, o governador Eduardo Leite afirmou que durante a madrugada do dia 1 para o dia 2 de abril estava previsto que o Rio Taquari iria ter ainda mais altas devido a chuvas. O Governador pediu para que a população deixasse suas casas e buscassem abrigo pois as enchentes deste ano irão superar as observadas no ano passado no mês de setembro.

O governador do estado também afirmou que suspendeu as aulas em todas cidades da Unidade Federativa para concentrar os esforços na região.

 “Falei há pouco novamente com o presidente Lula e relatei que estamos vivenciando uma situação de guerra no Rio Grande do Sul. O presidente manifestou sua intenção de vir ao Estado amanhã, gesto que é muito bem-vindo neste momento de dificuldade.” disse Eduardo Leite. Ele também afirmou que necessitava do apoio e da participação “efetiva e integral” das Forças Armadas.

Lula agendou uma viagem ao Rio Grande do Sul para quinta feira (2) junto com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Renan Filho (Transportes), e os comandantes do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e o secretário de Defesa Civil, Wolnei Barreiros.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no dia 1 de Abril, Leite disse: “Vão aumentar muito [o número de mortos e desaparecidos]. A crise está em curso. Vai ser pior do que o que aconteceu em setembro do ano passado, infelizmente.”