Por Bruna Lima, Terça Livre
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo na quarta-feira (21) de um tuitaço divulgado pelo Coletivo de Cidadãos e Cidadãs em Defesa das Florestas, pedindo a sua saída do cargo. Em contrapartida, milhares de cidadãos saíram em seu apoio nas redes sociais.
As hashtags “RICARDO SALLES FICA” e a “FICA SALLES” estiveram por onze horas no trends topics do Twitter com mais de 200 mil publicações.
A perseguição ao ministro do Meio Ambiente volta às discussões no momento em que o Brasil tem se aproximado dos Estados Unidos em uma tentativa de atrair investimentos de recuperação para o setor ambiental do país.
Conforme o Terça Livre noticiou, no último dia 14 o presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, evidenciando o trabalho do Brasil pelo meio ambiente e se comprometendo com a redução do desmatamento no país.
A crise do desflorestamento no Brasil teve um aumento significativo em 2012, período em que o governo do ex-presidente Lula já havia estado no comando do país durante 8 anos e o governo da ex-presidente Dilma Rousseff estava em seu segundo ano. Ambos políticos fazem parte do Partido dos Trabalhadores (PT).
Entre as personalidades que criticaram o ministro do Governo Bolsonaro com a hashtag #ForaSalles estão os ex-ministros do Meio Ambiente e Cultura do Governo Lula, Marina Silva e Gilberto Gil, o cineasta Fernando Meirelles, a ativista “pelos animais”, Luisa Mell, e a cantora de funk Anitta.
“#ForaSalles, desserviço para o meio ambiente!”, publicou Anitta ,que foi respondida ironicamente pelo ministro do Meio Ambiente.
O assunto foi comentado durante o Boletim da Noite dessa quarta-feira (21).
O jornalista e fundador do Terça Livre, Italo Lorenzon, analisou que Ricardo Salles faz parte da ala chamada como ideológica pela grande mídia, mas que, na verdade, é a ala ‘Patriótica’.
“Essa é a ala do governo que realmente está preocupada com um negócio chamado globalismo, com um negócio chamado soberania nacional”, destacou Lorenzon, ao evidenciar a tentativa da esquerda de se aliar à China durante os últimos governos, alvo de mudança da gestão do ministro Ricardo Salles.
“Não faz sentido ter um meio ambiente que não trabalhe para o ser humano, podem reclamar a vontade, mas isso não “cola” comigo. Ricardo Salles sempre se manifestou contra, é uma das muralhas contra essa agenda, e é óbvio que uma das pessoas que mais incomodam, e pediram muito a “cabeça” dele”, completou o jornalista durante o Boletim da Noite.