Por Michael Caceres, Gospel Prime
O movimento Escola Sem Partido anunciou, através das redes sociais, que suspenderá suas atividades a partir de 1º de agosto. Criado em 2004, a instituição se dedica ao combate à “instrumentalização do ensino para fins políticos, ideológicos e partidários”.
Miguel Nagib, advogado que coordena o movimento, reclama que Bolsonaro “não tocou mais no assunto” e que “o tema saiu do radar do presidente”. Ele entende que a pauta do Legislativo é a reforma da Previdência, mas questiona o fato de o Executivo não estar mais interessado pelo tema.
“Tudo isso é muito frustrante para nós. A reforma da Previdência explica e justifica perfeitamente que o projeto Escola sem Partido não esteja tramitando no Legislativo. Mas e o Executivo? O Executivo poderia ao menos escutar as sugestões do nosso movimento. Mas nem isso”, diz.
Segundo a Gazeta do Povo, o coordenador entende que o projeto tem “poucas chances de avançar sem o apoio político do presidente Jair Bolsonaro”, pois já foram empenhados todos os esforços para emplacar o tema no Congresso.
“Ele foi o único candidato que apoiou a proposta do movimento durante a campanha. (…) Sem o apoio de Bolsonaro ‒ não me refiro ao governo, mas à liderança política do presidente ‒, o Escola sem Partido dificilmente conseguirá avançar. Batemos no teto”, declarou.
O movimento defende uma questão sensível para a sociedade, que é o combate a doutrinação ideológica no ensino, algo que tem causado muita preocupação para pais de alunos de escolas públicas e privadas.
Entre as medidas eles propuseram a afixação de um cartaz nas salas de aula informando seis deveres do professor, além da garantia de que as aulas possam ser gravadas e disponibilizadas para pais de alunos.