Um erro de digitação no Portal da Transparência resultou na divulgação de um valor incorreto para o contrato entre a Construtora Otima e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT): R$ 8,9 bilhões, quando o valor real era de R$ 79,6 milhões.
A falha foi detectada após veículos de mídia, como a Veja, publicarem a informação equivocada. Segundo a empresa, o registro incorreto se deve a um erro no sistema de controle e prestação de contas da gestão federal.
“O preço orçado pelo órgão para a obra foi de cerca de R$ 89 milhões. A Construtora Ótima sagrou-se vencedora do pregão em razão do menor preço oferecido, R$ 79 milhões. Ocorre que, por um aparente erro de digitação, o Portal da Transparência do Governo Federal informou que referida obra teria sido orçada no valor de R$ 8,9 bilhões”, informou.
Contratada para realizar a manutenção de duas rodovias no Piauí — a BR-343/PI e a BR-226/PI, com 113 km de extensão — a Construtora Otima firmou um contrato válido até abril de 2026.
O erro de registro no portal gerou ampla repercussão, especialmente após a divulgação incorreta.
Fundada em 2022, a empresa tem sede em Teresina, e um de seus sócios-administradores é Humberto Costa e Castro, irmão do senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Após a identificação do erro, o DNIT corrigiu a informação, confirmando que o valor correto do contrato é de R$ 79,6 milhões, mas não revelou a causa do engano.
Em resposta à correção, a Veja alterou o título de sua matéria. Originalmente, a revista tratava o caso como um “fenômeno bilionário” do governo Lula, mas a nova versão passou a destacar o erro cometido, com a manchete: “Governo erra ao informar valor de contrato de empreiteira”.
A publicação equivocada gerou críticas nas redes sociais, especialmente entre opositores do governo, que usaram o incidente para questionar a precisão das informações oficiais.