‘Ergue-se contra mim uma narrativa falsa e hipócrita, a serviço de interesses escusos nacionais e estrangeiros’, diz Araújo

31/03/2021 10:14 Atualizado: 31/03/2021 10:14

Por Brehnno Galgane, Terça Livre

Após diversas pressões internas e externas, o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, decidiu na segunda-feira (29) pedir demissão do seu cargo. Em uma das justificativas, o ex-ministro disse que não quer ser um problema ao Governo Federal.

Em uma publicação no Twitter, Araújo informou que apresentou ao Presidente Jair Bolsonaro uma carta, na qual coloca à disposição o cargo de Ministro das Relações Exteriores.

“Nessa luta, deparei-me cada vez mais, ao longo do tempo, com correntes frontalmente adversas. Desse choque – do qual não posso recuar sem renunciar aos princípios que com o senhor compartilho – surgiu nestes últimos dias uma situação que me torna impossível seguir trabalhando por nossos ideais na posição que neste momento ocupo”, disse Araújo.

“Ergue-se contra mim uma narrativa falsa e hipócrita, a serviço de interesses escusos nacionais e estrangeiros, segundo a qual minha atuação prejudicaria a obtenção de vacinas”, acrescentou o chanceler.

Com a saída de Ernesto Araújo, Bolsonaro indicou o nome do atual assessor-chefe da Presidência, o embaixador Carlos Alberto Franco França, que também já foi o chefe do cerimonial do Palácio do Planalto.