Dados divulgados nesta segunda-feira, dia 29, mostram que apenas no mês de março o déficit público subiu mais de 1,5 bilhão de reais. O déficit atual nas contas públicas já alcança 247,4 bilhões de reais, o equivalente a 2,2% do PIB Brasileiro.
O quadro completo: Durante eleição de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez acenos à ala liberal da economia. Foi organizado encontros e conversas com políticos de centro e economistas neoliberais. Nas reuniões, Lula se apresentava como um político de centro-esquerda que, ao contrário do que diziam seus oponentes políticos, não iria administrar o dinheiro de maneira irresponsável.
Uma das propostas apresentadas por Lula então se tratava da simplificação de impostos Estaduais e Federais: o IVA, Imposto Sobre Valor Agregado. A proposta visa unificar 5 tributos em apenas um.
De acordo com o Portal da Câmara dos Deputados “o sistema tributário brasileiro é o mais complexo, burocrático e complicado do mundo. Segundo o Banco Mundial, no Brasil, uma empresa de médio porte gasta em média 2600 horas por ano para cumprir suas obrigações tributárias, mais que o dobro do segundo pior colocado e cerca de 8 vezes a média dos países da OCDE.”
Tudo isso revela a dificuldade que é administrar um negócio simples e pequeno no Brasil, sendo assim, o quão mais complexo pode ser administrar as contas públicas no Brasil.
Segundo o que o economista José Roberto Mendonça de Barros disse ao G1, não é recomendável começar a gastar sem controle, uma vez que o aumento na arrecadação, como está sendo feito, não é sustentável.
Antes, segundo Barros, é necessário um cuidado a fim de atingir o “déficit zero” – ou seja, de não elevar a dívida pública até dezembro.
De acordo com os dados apresentados pelo Governo, a arrecadação atinge recordes atrás de recordes. Ou seja, ao mesmo tempo que aumenta o gasto governamental, também aumenta a quantidade de imposto cobrado pelo Governo Federal.
Enquanto tudo isso acontece, o ministro do STF, Cristiano Zanin, de maneira monocrática, suspendeu trechos que tratam sobre a desoneração da folha de pagamentos. Dando assim um alívio para as contas públicas e aumentando a arrecadação, mas, ao mesmo tempo, apertando uma corda que está no pescoço de vários setores da economia.