Por Bruna Lima, Terça Livre
Durante um evento do Sindicato da Construção civil de Fortaleza, no Ceará, realizado neste mês, o militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) Jones Manoel incentivou o que chamou de “ódio de classes” e a violência contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o título “Temos que odiar a burguesia e seus representantes”, um trecho da palestra foi publicado em vídeo no YouTube.
“Uma das tarefas fundamentais da gente é estimular o ódio de classe. Tem que acordar todo dia querendo esfolar o patrão”, disse Jones Manoel.
“Tem que acordar todo dia querendo pegar pelos cabelos cada um daqueles Ministros do STF –se puxar pelo Fux sai a peruca–, cada um, o Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Congresso, tem que odiar, tem que xingar. Tem que ver uma foto e ter raiva, ter vontade de cuspir, tem que odiar a burguesia brasileira, e todos os seus representantes”, afirmou o militante que também é professor de história.
Em sua fala, Jones ainda alegou que as prisões de “jovens” que roubam celulares e carregam “trouxinhas” de drogas são ilegais e “violam a Constituição”.
O militante também declarou que é preciso apresentar aos trabalhadores a “radicalidade completa”, citou as Revoluções Russa, Cubana, Chinesa e Coreana como exemplos de como o amor não foi usado, mas sim o ódio, e criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro e alguns políticos de esquerda, como Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT).
Em uma publicação no Twitter, o jornalista Allan dos Santos questionou se o comunista seria investigado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal.
“Vai deixar, Alexandre? Amarela não. Olha o que ele disse: “estimular o ódio de classe acordando todo dia querendo esfolar o patrão” e “acordar todo dia querendo pegar pelos cabelos cada um daqueles ministros do STF”, disse o correspondente internacional, que junto com o Terça Livre vem sendo alvo de inquéritos ilegais do Ministro da Suprema Corte.
Entre para nosso canal do Telegram