O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (16) à Agência EFE que o ex-presidente Jair Bolsonaro “não estimulou” os ataques de seus apoiadores contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Tarcísio, que está em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial, destacou que Bolsonaro “condenou imediatamente” os ataques ao Palácio do Planalto e às sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) cometidos no último dia 08.
“Bolsonaro nunca estimulou esse tipo de comportamento, ele sempre condenou a violência, sempre condenou os atos antidemocráticos e a depredação da propriedade pública ou privada. De forma alguma isso pode ser atribuído a ele”, disse Tarcísio, que vai apresentar seus planos econômicos para São Paulo em Davos.
Em 13 de janeiro, o STF incluiu Bolsonaro na lista de pessoas sob investigação pelos acontecimentos de 8 de janeiro, por suposta participação como autor intelectual.
O governador de São Paulo, que foi ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, disse que os ataques às instituições são “um ato isolado de alguns extremistas que não conta com apoio da centro-direita brasileira, nem dos bolsonaristas”.
“É uma mancha para o Brasil. Mas isso não prejudica nossa democracia, que é sólida, que resiste aos ataques”, declarou o governador, que também enfatizou que agora é o momento de pensar “na reconstrução e pacificação do Brasil”.
Tarcísio também falou sobre a minuta de um decreto que tentaria mudar o resultado das eleições de 2022 e que foi encontrada pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O governador disse não ter conhecimento do decreto e que “a pessoa que tem que dar explicações” é o próprio Torres, que está preso desde o último fim de semana como parte da investigação dos ataques de 8 de janeiro.
No entanto, ele enfatizou que Bolsonaro “não assinou esse documento” e, portanto, ele não tem validade legal.
Tarcísio ressaltou que não há necessidade de Bolsonaro voltar dos Estados Unidos, onde está desde 30 de dezembro, para dar explicações no Brasil.
Ele disse que o ex-presidente “tem todo o direito de descansar e ter sossego” onde quer que deseje, após quatro anos de governo.
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