O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o economista Gabriel Galípolo como sucessor de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central (BC). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.
Galípolo é o atual diretor de Política Monetária do BC. Para que sua indicação seja consolidada, ele ainda precisará passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Em seguida, o nome do economista será submetido a votação secreta pelo plenário.
“Vamos respeitar a institucionalidade do Senado, que tem seu ritmo e afazeres, e saberá julgar o melhor momento de fazer a sabatina”, disse Haddad.
Campos Neto deixará o cargo em novembro, após cumprir o mandato de quatro anos, conforme previsto em lei.
A indicação de Lula não surpreendeu o mercado. Com boas relações na equipe econômica do governo e no Congresso, Galípolo já era considerado uma aposta segura. Ele é visto como o economista mais próximo do presidente petista, tendo, inclusive, participado da campanha eleitoral de 2022.
Antes de assumir a direção do BC, o indicado de Lula colaborou na equipe de transição do governo e foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, atuando como o número dois de Haddad na pasta.
No setor privado, o possível futuro presidente do BC foi professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde também se formou em economia, e atuou como diretor do Banco Fator de 2017 a 2021.
Além da vacância na presidência do Banco Central, outros três cargos de diretoria também estarão disponíveis a partir de 2025. Segundo Haddad, as indicações serão feitas “oportunamente”.