A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição da comercialização de azeites de duas marcas, além de um lote de coco ralado. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na terça-feira (24), em resposta a irregularidades encontradas na produção e distribuição dos produtos.
Os azeites das marcas “Serrano Extra Virgem” e “Cordilheira Extra Virgem” foram proibidos. De acordo com a resolução, as empresas não forneceram informações sobre CNPJ e local de produção. Isso levou à suspensão não apenas da venda, mas também da fabricação, distribuição e consumo do azeite de ambas as marcas.
O gerente-geral de Fiscalização e Inspeção Sanitária da Anvisa, Marcus Aurélio Miranda de Araújo, destacou que a decisão foi aprovada em resolução da diretoria colegiada da agência.
Além disso, um lote específico de coco ralado da marca “Coco e Cia.” foi considerado inseguro. O motivo foi um resultado insatisfatório realizado em testes laboratoriais, que indicou quantidade excessiva de dióxido de enxofre. O lote em questão é o 030424158 e sua comercialização, distribuição e uso também foram suspensos.
A Anvisa determinou que as propagandas associadas a este produto sejam retiradas do ar.
Não é a primeira ação do órgão em relação a produtos de azeite. Em março, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia recolhido dez marcas de azeites de oliva extravirgem.
A medida fez parte da Operação Getsêmani, que revelou um esquema de importação e adulteração de azeites. Ao todo, foram apreendidos pela operação 104.363 litros de produtos e prejuízo de aproximadamente R$ 8,1 milhões aos infratores.
De acordo com o Mapa, o azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado no mundo, superado apenas pelo pescado.
Para ajudar os consumidores a evitar fraudes, a Anvisa recomenda precauções, como:
– desconfiar de preços muito baixos;
– evitar a compra de azeite a granel;
– verificar a data de validade;
– priorizar produtos com data de envase mais recente.