Por Wellton Máximo, Agência Brasil
Em um dia marcado pela reticência nos mercados internacionais e por turbulências internas, o dólar voltou a aproximar-se de R$ 5,50, na maior alta em quatro meses. A bolsa de valores caiu por mais um dia e fechou a segunda semana seguida com perdas.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (22) vendido a R$ 5,479, com alta de R$ 0,115 (+2,14%). Essa foi a maior valorização percentual diária desde 23 de setembro, quando a divisa tinha subido 2,18%. A moeda norte-americana subiu 3,28% na semana e acumula alta de 5,51% em 2021.
No mercado de ações, o dia foi marcado pelo pessimismo. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sexta com recuo de 0,69%, aos 117.513 pontos. O indicador caiu pelo quarto dia consecutivo e encerrou a semana com queda de 2,27%.
O mercado enfrentou um dia de turbulências internacionais. O clima de otimismo com a posse do presidente norte-americano, Joe Biden, cedeu lugar às preocupações com o aumento de casos de covid-19 no planeta e o enrijecimento de medidas de restrição social em vários países. Em Wall Street, o índice Dow Jones (das empresas industriais) caiu 0,57%. O S&P 500 (das 500 maiores empresas) recuou 0,3%. Apenas o Nasdaq (das empresas de tecnologia) subiu levemente: 0,09%.
No mercado interno, os investidores também repercutiram o avanço dos casos de covid-19 no Brasil e a decisão do Banco Central (BC) de retirar o compromisso de não aumentar a taxa Selic – juros básicos da economia – no curto prazo, conforme a reunião da última quarta-feira (20) do Comitê de Política Monetária (Copom).
O mercado também aguarda as eleições para a presidência da Câmara dos Deputados, em que os dois principais candidatos prometem reativar o auxílio emergencial, o que aumenta os gastos públicos.
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