Dívida pública aumenta e déficit chega a R$1,127 trilhão em julho de 2024

Por Matheus de Andrade
30/08/2024 18:22 Atualizado: 30/08/2024 18:22

Dados divulgados na sexta-feira (30) pelo Banco Central mostram que a situação das contas públicas do Brasil piorou em julho de 2024, com a dívida pública e o déficit do governo aumentando.

A Dívida Bruta do Governo Geral, que é o total das dívidas do Governo Federal, do INSS e dos governos estaduais e municipais, subiu para 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho de 2024. Em junho, essa dívida era de 77,8% do PIB. Em números absolutos, a dívida chegou a R$ 8,8 trilhões.

Esse aumento na dívida foi causado principalmente pelos juros que o governo precisa pagar, o que faz a dívida crescer. Além disso, o governo emitiu mais títulos, ou seja, pegou mais dinheiro emprestado, aumentando ainda mais a dívida.

O que aconteceu com a Dívida Líquida?

A Dívida Líquida do Setor Público, que é o total das dívidas do governo descontando os ativos que ele possui, caiu de 62,2% do PIB em junho para 61,9% em julho. Isso aconteceu principalmente porque o PIB cresceu, o que diminuiu o peso da dívida líquida.

No entanto, desde o início do ano, a dívida líquida aumentou 1%, principalmente por causa dos juros altos que o governo teve que pagar.

Como estão as Contas Públicas?

O déficit nominal do governo, que inclui todas as despesas e os juros da dívida, aumentou bastante em julho. O déficit foi de R$ 101,5 bilhões, comparado a R$ 46,1 bilhões em julho de 2023. Nos últimos 12 meses, o déficit acumulado atingiu R$ 1,127,5 trilhões.

O déficit primário, que é a diferença entre o que o governo arrecada e gasta, sem contar os juros, foi de R$ 21,3 bilhões em julho de 2024. Apesar de ser menor que o déficit de R$ 35,8 bilhões em julho de 2023, ainda mostra que o governo precisa ajustar suas contas para garantir que as finanças públicas sejam sustentáveis.

O que isso significa?

Esses dados indicam que o Brasil está enfrentando sérios desafios para controlar suas finanças. O aumento da dívida e do déficit pressiona o governo a tomar medidas difíceis, como cortar gastos ou aumentar ainda mais os impostos. Isso é necessário para evitar que a situação fiscal continue piorando.

Caso o governo não consiga controlar a dívida e o déficit, pode enfrentar dificuldades para financiar suas operações, o que pode levar a juros mais altos e um crescimento econômico mais lento, gerando um ciclo de contínuo aumento da dívida.