Diretor da PF diz que nova joia em inquérito que investiga Bolsonaro fortalece investigação

Por Redação Epoch Times Brasil
11/06/2024 23:58 Atualizado: 11/06/2024 23:58

Enquanto a Polícia Federal conduzia investigações nos Estados Unidos, em colaboração com o FBI, no contexto do inquérito sobre as joias de Jair Bolsonaro, os investigadores encontraram um vídeo que revela uma nova joia cravada de pedras preciosas, supostamente negociada por representantes do ex-presidente.

Em uma conversa com jornalistas na manhã desta terça-feira (11), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, declarou que a transação da nova peça acrescenta força às investigações sobre a comercialização dos presentes recebidos pelo governo anterior.

Durante a estadia dos investigadores nos EUA, os agentes coletaram depoimentos de comerciantes, obtiveram imagens de câmeras de segurança e confiscaram documentos em joalherias e instituições bancárias frequentadas pelos suspeitos. Um dos depoentes que teria ligações com uma joalheria destacou o alto valor potencial do objeto, indicando que as gemas poderiam ser retiradas da peça para serem comercializadas. No entanto, o depoente teria informado que a transação não se concretizou.

A PF agora deve colher novos depoimentos para esclarecer os detalhes da transação comercial, bem como a origem e o destino da peça, que até então não estava entre os itens investigados. O ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, deve ser um dos chamados a depor. A suspeita é que o item também tenha sido um presente recebido por Bolsonaro durante seu mandato como presidente da República.

Bolsonaro nega ter ordenado venda de joias

Em entrevista à CNN Brasil, em março do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já estava sendo investigado no caso das joias, declarou que não nunca pediu os presentes.

“Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão”, disse na época.

“Se houvesse má fá por parte de alguém, não teria sido cadastrado. (…) Nada foi escondido. Se a imprensa divulga, é porque tem um cadastro dizendo que foi recebido”, concluiu.