O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), em uma matéria publicada na Gazeta do Povo, revelou que o NetLab, laboratório de internet da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está recebendo recursos do Governo Federal para perseguir críticos do governo. Segundo o parlamentar, o financiamento provém de fundos públicos, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Ministério da Mulher.
Van Hattem destacou que oito pesquisadores do NetLab recebem verbas desse projeto de mapeamento e combate à “desinformação”. Em consulta ao portal de transparência, o deputado encontrou um convênio de quase R$ 2 milhões do Ministério da Justiça e R$ 300 mil do Ministério da Mulher, para pagamentos dessas bolsas, utilizando verbas públicas.
Além disso, o Núcleo Jornalismo reportou um convênio maior, de R$ 42 milhões, também com recursos públicos, destinado à pesquisa e criação de um banco de dados público de “desinformação”. O deputado argumenta que esses recursos estão sendo usados para financiar estudos que criminalizam críticos do governo federal como foi visto nas enchentes do Rio Grande do Sul.
Van Hattem destacou que o NetLab já recebe financiamento natural do governo federal por operar dentro de uma universidade pública. No entanto, ele alerta para outros recursos provenientes do governo, como o convênio de R$ 2 milhões exposto. O deputado também mencionou que os pesquisadores envolvidos mantêm um perfil de extrema-esquerda, sugerindo um viés ideológico na condução das pesquisas.
Segundo Van Hattem, o NetLab faz parte de uma rede de laboratórios, ONGs e agências de “left-checking” que visam criminalizar a direita e defender o establishment atual. Ele destaca que essas entidades rotulam qualquer posição da direita como “fake news” e utilizam a mídia para amplificar essas pesquisas, enquanto plataformas de redes sociais usam esses rótulos para censurar conteúdos e perfis.
O deputado afirmou que esses estudos têm sido usados pela Justiça para embasar perseguições criminais contra expoentes da direita. Ele mencionou um caso recente em que um estudo do NetLab foi utilizado para abrir investigações contra diretores de Big Techs por sua oposição ao Projeto de Lei de Censura nas redes, que não foi aprovado.
Além disso, Van Hattem citou que, na recente tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, o NetLab produziu estudos que criminalizam críticas à resposta do governo federal, defendendo as autoridades que financiam suas pesquisas, o que ele considera um claro conflito de interesses.
No estudo, o laboratório de pesquisa fala sobre como influenciadores, sites e políticos de “extrema direita”, “negacionistas climáticos” e “conspiracionistas ambientais”, fizeram “para se autopromover e espalhar desinformação, com o intuito de atacar e descredibilizar o governo.”
Diante da gravidade do assunto, Van Hattem defende a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o “Complexo da Censura” no Brasil e o financiamento dessas iniciativas com recursos federais.