De acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego subiu de 7,4% para 7,9% no primeiro trimestre de 2024. É o terceiro mês seguido com aumento no número de desempregados.
Dados publicados na Trading Economics mostram que em janeiro de 2024 a taxa de desemprego estava em 7,6% e subiu nos meses seguintes para 7,8, alcançando atualmente 7,9. O número cresceu abaixo do esperado pela Reuters, 8,1%, o que aliviou o governo.
A taxa é a mais alta desde julho de 2023, de onde vinha em queda-livre. No último trimestre de 2023 a taxa de emprego atingiu a menor quantidade do ano em dezembro, chegando a 7,4%; porém, agora o processo é inverso e pelo terceiro mês seguido, a quantidade de desemprego tem subido. Especialistas no setor explicam que é normal o aumento de desemprego no primeiro trimestre do ano devido ao fim dos empregos temporários de fim de ano.
Enquanto no setor do Agro a queda foi de 5,6% nas vagas de emprego ocupadas, o setor industrial apresentou uma alta de 3%.
De acordo com os dados publicados pelo IBGE:
- O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em aproximadamente 100,2 milhões no trimestre de janeiro a março de 2024. Essa estimativa apresentou redução de -0,8%.
- O nível de ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,0% no trimestre de janeiro a março de 2024, apresentando uma redução de -0,6 pontos percentuais.
Técnicos do IBGE explicam que a alta no número se deve às pessoas que não procuravam emprego e passaram a procurar devido a um “aquecimento na economia”. Há também quem acredite que o desemprego se deve ao fato de que apenas em 2023, no primeiro ano de governo Lula, houve uma queda de investimento estrangeiro de US$12,6 bilhões; resultados disso vão continuar neste ano.
Outra medida do governo que está causando medo ao setor econômico e que promete aumentar a taxa de desemprego é a desoneração da folha de pagamentos. Essa medida volta a onerar o quadro de empregados das empresas, o que vai aumentar os impostos aos empresários e agricultores que vão tender a empregar menos e a aumentar o preço dos produtos. De acordo com o Governo, essa medida é necessária para equilibrar as contas públicas que apresentam recordes de déficits.