Por Bruna de Pieri, Terça Livre
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) apresentou na última sexta-feira (13) um Projeto de Lei que pode proibir, além do voto online, pela internet ou por meio digital, o voto pelo correio no Brasil.
O parlamentar justifica que voto digital provoca dúvidas e dificulta saber se foi aquele eleitor quem votou, de fato, e não outra pessoa no lugar dele.
Segundo Bolsonaro, o mecanismo de votação por meio de urnas eletrônicas aumentou a velocidade da apuração, mas também trouxe questionamentos que levantam dúvidas sobre a lisura dos resultados oficiais.
“O caso mais emblemático ficou por conta da apuração dos votos na eleição de 2014 entre Aécio Neves e Dilma Rousseff”, exemplifica o deputado.
Bolsonaro ainda elenca os seguintes questionamentos no PL 5163/2020:
“Como saber que foi aquele eleitor, de fato, quem votou, e não um amigo ou parente, com sua senha, que votou por ele? Será que foi o eleitor cadastrado que efetivamente votou? Este mesmo questionamento é pertinente quando se fala em votação por meio postal num país onde a prestação de serviços postais é monopólio de uma empresa Estatal cujo comando fica a cargo de indicados de políticos”.
O parlamentar reforça ainda que, quase que diariamente há notícias de hackers que conseguem invadir sistemas de segurança de grandes companhias privadas ou órgãos dos mais diversos governos estrangeiros e nacionais. “Por que então crer que apenas a urna eletrônica seria impassível de tais violações?”, questiona.
Durante o Boletim da Manhã desta quarta-feira (18) o jornalista Max Cardoso lembrou que o voto eletrônico só pode existir com o voto impresso implementado, exatamente para ser uma segurança ao cidadão.
“E por quê? Porque isso é a base da democracia. É a certeza de que a votação realmente ocorreu da maneira correta, em que é possível fazer uma auditoria, uma recontagem e saber o resultado real daquela eleição”, afirma.
Apoie nosso jornalismo independente doando um “café” para a equipe.
Veja também: