Delator do PCC: polícia prende três suspeitos pelo assassinato de Vinicius Gritzbach em Guarulhos

Dois outros também foram presos, mas liberados após audiência de custódia realizada na manhã de sábado (7).

Por Redação Epoch Times Brasil
07/12/2024 15:22 Atualizado: 07/12/2024 15:22

A polícia prendeu três suspeitos de envolvimento na morte de Vinicius Gritzbach, apontado como delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) e de corrupção por agentes de segurança. O assassinato ocorreu em 8 de novembro, quando a vítima levou ao menos dez tiros de fuzil disparados por homens encapuzados no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

As prisões ocorreram na Vila Curuçá, zona leste de São Paulo, após uma operação das equipes policiais. Entre os detidos, estão Marcos Henrique Soares Brito, de 23 anos, e Allan Pereira Soares, de 44 anos. Ambos foram interrogados na sexta-feira (6) e negaram envolvimento no crime.

Segundo os depoimentos, a dupla afirmou ter tomado conhecimento da apreensão de munições somente depois que chegaram à delegacia. No sábado (7) Matheus Soares Brito, irmão de Marcos e sobrinho de Allan, também foi preso.

Além dos três detidos, outras quatro pessoas foram ouvidas no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, logo em seguida, liberadas.

Em seu depoimento, Allan contou que, no momento da abordagem policial, os agentes estavam à procura de seu sobrinho Matheus. Ele alegou ter sido informado sobre a operação e fez uma ligação para Marcos, que se dirigiu ao local de moto, sendo também detido.

A polícia, no entanto, revelou que Marcos teve um papel ativo na fuga de um dos envolvidos no assassinato de Vinicius. De acordo com as investigações, Kauê Amaral Coelho, foragido e apontado como responsável por indicar o local do crime no aeroporto, também tem vínculo com o grupo.

Durante a operação, a polícia encontrou fuzis e carregadores compatíveis com os usados no assassinato. O material estava nos veículos de Allan e Marcos — um carro e uma moto. Mesmo diante dessas evidências, os suspeitos negaram as acusações.

Marcos confirmou que sua moto foi revista pelos policiais, mas negou que as munições tenham sido encontradas nela. Allan, por sua vez, afirmou não ter presenciado a apreensão de munição e carregadores nos veículos.