Defesa de Anderson Torres contesta processo na Polícia Federal

Torres se declara inocente e afirma que não fez parte de nenhum ato que não fosse previsto na constituição.

Por Redação Epoch Times Brasil
09/07/2024 16:13 Atualizado: 09/07/2024 16:13

A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, protocolou um pedido na Corregedoria-Geral da Polícia Federal (PF) para que seja reconhecida a suspeição do delegado Clayton Eustáquio Xavier. Os advogados de Torres alegam que o delegado nutre um interesse pessoal no caso devido à sua exoneração por Torres em 2021, quando este ainda era ministro.

Segundo a defesa, essa circunstância teria comprometido a imparcialidade de Xavier na condução do inquérito que investiga o ex-ministro pelos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram prédios dos Três Poderes em Brasília.

A defesa alega que o direito à imparcialidade é um princípio fundamental da justiça e que a presença de qualquer viés ou preconceito por parte do investigador compromete todo o processo. Além da acusação de parcialidade, a defesa argumenta que a investigação se baseia em provas que foram deliberadamente escolhidas para prejudicar Torres, ignorando evidências que poderiam favorecer sua inocência.

Acusações contra Anderson Torres

Torres enfrenta diversas acusações relacionadas aos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília. As principais acusações incluem:

Omissão e conivência: Torres é acusado de omissão e conivência, por não ter tomado medidas preventivas adequadas para evitar os ataques, mesmo tendo informações sobre a possibilidade de ocorrências violentas.

Facilitação: Ele é suspeito de facilitar os ataques, ao não atuar de maneira considerada eficaz pela PF no comando das forças de segurança do Distrito Federal, permitindo a invasão e depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

Conspiração e planejamento: As investigações apontam para uma suposta participação de Torres em um esquema mais amplo de conspiração para subverter a ordem democrática e comprometer a estabilidade das instituições brasileiras.

Essas acusações foram formalizadas após a abertura de inquéritos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, que também resultaram na prisão preventiva de Torres, como parte das medidas para investigar sua responsabilidade e envolvimento nos eventos de 8 de janeiro.