O BRICS inicia nesta terça-feira (22) sua 16ª cúpula na Rússia, marcando o primeiro encontro desde a entrada de novos membros: Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia.
Antes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco passa por um momento de reformulação, buscando ampliar seu peso econômico e político no cenário global e se posicionar como alternativa ao G7.
Foco na ampliação e adesões flexíveis
De acordo com o chanceler brasileiro Mauro Vieira, a principal novidade na agenda é a criação da categoria de “membro associado”, que permitirá uma integração menos rígida para países interessados.
Vieira destacou que a definição dos critérios para essa modalidade será um ponto central das negociações. Segundo ele, os chefes de Estado vão avaliar como novos parceiros poderão contribuir com o bloco e discutir as formas mais adequadas de participação.
Questionado sobre a possibilidade de a Venezuela se unir ao BRICS como membro associado, Vieira evitou aprofundar o tema e limitou-se a afirmar que “todos os países interessados têm oportunidade”.
Outro tema relevante da cúpula é a redução da dependência do dólar nas transações entre os países do bloco, além do fortalecimento de instituições financeiras alternativas ao FMI e ao Banco Mundial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comparecerá ao evento devido a recomendações médicas, após sofrer um acidente doméstico no último sábado (19). Com isso, Mauro Vieira foi designado para liderar a delegação brasileira.
O governo russo anunciou que 32 países participarão da cúpula, com 23 deles representados por líderes de Estado. O evento está programado para se encerrar na quinta-feira (24).