Em seu último pronunciamento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara sobre sua provável cassação, na manhã desta quinta-feira (14), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendeu-se em análise de recurso. O peemedebista disse que há deslealdade nos procedimentos e mencionou “inimizades capitais”. Em discurso que durou 20 minutos, Cunha tornou a apresentar os argumentos que vem utilizando para declarar que a condução do processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética não foi justa, com equívocos regimentais e pareceres políticos.
O parlamentar declarou novamente que o processo contra ele no Conselho de Ética está baseado somente em acusações, sem a chance de defesa. Ele alegou que se semelhante premissa for utilizada para os colegas que da mesma forma estão sendo investigados, haverá cassação de todos.
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Em um pedido para que os colegas julguem tecnicamente na CCJ e permitam que a avaliação política fique para o plenário, Cunha deu avisos para seus adversários. “Aqueles que desejam tanto me punir pelo enfrentamento político que fizeram, aqueles que eu derrotei na eleição de presidente da Câmara, que não se conformam, mas sequer têm votos para disputar uma eleição como ontem e sequer tentam, aqueles que eu efetivamente abri o processo de impeachment e consequentemente querem uma retaliação para buscar uma cabeça para tentar desvalorizar todo o processo de impeachment, aqueles que efetivamente me enfrentaram pelas pautas que foram colocadas e que foram derrotadas, aqueles que acham que a minha retirada da vida pública é a forma de compensar o seu fracasso, esses o façam no plenário, no seu momento apropriado, mas aqui temos de prezar pela juridicidade”, falou ele.