Criação de novo imposto sindical avança com aval de Temer

24/07/2017 08:52 Atualizado: 24/07/2017 08:52

O secretário-geral da Força Sindical, João Juruna, afirmou na manhã de sexta-feira (21) à rádio Jovem Pan que as tratativas com o governo Temer para a volta do imposto sindical estão em estágio avançado. Em reunião realizada no Palácio do Planalto na noite de quinta-feira (20), o presidente Michel Temer fechou um acordo com as centrais sindicais.

Conforme declarou o sindicalista, na reunião ficou decidido que o imposto sindical atualmente em vigor será extinto com a reforma trabalhista, no entanto o governo se comprometeu a editar uma Medida Provisória estabelecendo um novo imposto sindical, de negociação livre, depois de uma semana da aprovação da reforma. Por meio de assembleias realizadas pelos sindicatos dentro das empresas, caso a maioria vote pela adesão à contribuição, todos os trabalhadores terão de pagar o tributo. Nessa nova proposta, o valor pago deverá ser negociado. Antes da aprovação da reforma trabalhista, todo trabalhador, sindicalizado ou não, pagava um dia de trabalho na forma de imposto sindica. Com a MP, portanto, pode acontecer de o valor da contribuição ficar ainda maior.

Na reunião de quinta-feira, o presidente recebeu os líderes da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) para deliberar sobre o assunto. Os deputados Jovair Arantes (PTB), Roberto de Lucena (PV) e os ministros, Ronaldo Nogueira, do Trabalho, e Eliseu Padilha, da Casa Civil, também tomaram parte da reunião.

Leia também:
Fiesp resgata pato inflável contra alta de impostos
Praticantes do Falun Gong no Brasil pedem fim de genocídio na China
Governo federal autoriza envio de 800 policiais para o Rio de Janeiro