Confiança da Indústria interrompe crescimento em agosto

Por Redação Epoch Times Brasil
29/08/2024 12:19 Atualizado: 29/08/2024 12:19

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE publicado na quinta-feira (29) manteve-se estável em agosto de 2024, em 101,7 pontos, interrompendo quatro meses de alta. A estabilidade reflete o equilíbrio entre as avaliações dos empresários sobre a situação atual e as expectativas futuras. Em média móvel trimestral, o índice avançou 1,2 ponto, alcançando 100,6 pontos, a quarta alta consecutiva.

O ICI é composto por dois subindicadores: o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE). Em agosto, o ISA caiu 0,1 ponto, para 103,6, enquanto o IE subiu 0,1 ponto, para 99,8, o maior nível desde novembro de 2021.

Índice de Situação Atual (ISA): Este índice reflete a percepção dos empresários sobre as condições atuais do setor industrial. Em agosto, ele teve uma leve redução, principalmente devido à queda de 1,7 ponto no indicador de demanda, que caiu para 103,8 pontos, interrompendo quatro meses de alta. O indicador de estoques também contribuiu, recuando 0,5 ponto, para 96,7 pontos. É importante notar que um valor acima de 100 pontos indica estoques excessivos, o que não é ideal.

Índice de Expectativas (IE): Este índice mede as expectativas dos empresários para os próximos seis meses. O leve aumento em agosto foi impulsionado pela melhora nas expectativas para o ambiente de negócios, que subiu 1,5 ponto, atingindo 101,1 pontos, marcando a sexta alta consecutiva e um crescimento de 13,2 pontos desde agosto de 2023. No entanto, houve uma queda nas expectativas de contratação e produção prevista, com recuos de 0,2 e 1,0 ponto, respectivamente.

Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI): O NUCI permaneceu estável em agosto, com uma leve queda de 0,1 ponto percentual, ficando em 83,3%. Esse indicador mede a porcentagem da capacidade produtiva utilizada pela indústria. Um NUCI estável sugere que as empresas estão operando próximo de sua capacidade máxima, indicando um possível equilíbrio entre oferta e demanda no setor.

Apesar da estabilidade geral, o relatório destaca que a confiança dos empresários permanece positiva, com expectativas otimistas para o ambiente de negócios até o final do ano. No entanto, há uma preocupação crescente com a possível pressão de custos, especialmente considerando o fim do ciclo de cortes na taxa de juros, o que pode impactar negativamente a rentabilidade das empresas.