Sobe para 30 o número de mortos na Bahia em decorrência do combate a criminalidade realizado pela polícia em Salvador, região metropolitana e interior da Bahia. O Estado que é governado por Jerônimo Rodrigues, do PT, lidera o número de mortes em todo o país na última semana. O ministério público da Bahia irá investigar as ações policiais.
Este crescimento vai na contramão da tendência observada pelo balanço nacional do anuário do fórum de segurança, que indica queda entre 2021 e 2022, de 6524 para 6420 pessoas mortas. Em uma semana, 15 mortes foram registradas em Salvador e mais 15 no interior do Estado, nas cidades de Camaçari e Itatim, durante confrontos com a polícia.
Esta escalada começou ainda no final de julho, quando sete pessoas foram mortas em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, após confronto com policiais militares. No mesmo dia, outros quatro suspeitos foram mortos em reação ao patrulhamento da PM. Na cidade de Itatim, localizada 200 km da capital na chapada diamantina, seis homens e duas mulheres foram baleados e mortos. Na mesma semana, na cidade de jaguarari também no interior do estado, mais 4 pessoas morreram. No dia 2, nesta última quarta feira, um suspeito morreu no bairro do Arenoso em Salvador durante troca de tiros com policiais.
Os últimos dias foram marcados pelo número de mortes em confronto da polícia contra criminosos. Isso independe do partido que governa o estado. Tanto na Bahia, que é governada pelo PT há 17 anos, quanto em São Paulo, que neste ano é governada por Tarcisio de Freitas, os 2 governos defendem a legalidade das ações. A operação da PM desencadeada no Guarujá após o assassinato do agente da rota Patrik Reis, resultou em confrontos e 16 pessoas mortas.
Neste último sábado, dia 5, o ministro dos direitos humanos, Silvio Almeida, acionou a ouvidoria nacional dos direitos humanos para acompanhar as 30 mortes em diferentes confrontos dos criminosos com a polícia militar, na Bahia. O ministro entrou em contato com governo da Bahia e em conjunto enviaram uma nota à imprensa dizendo: “números expressivos de mortes não são compatíveis com um país que se pretende democrático”. Porém, nem o ministério nem a secretaria de segurança informaram como o trabalho da ouvidoria nacional dos direitos humanos irá realizar investigação criminal na Bahia.
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