Comandante do Exército defende ampliação de parceria estratégica com a China

Por Redação Epoch Times Brasil
07/06/2024 17:43 Atualizado: 07/06/2024 17:43

Em entrevista ao Estadão, o comandante geral do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, defendeu a ampliação de parcerias estratégicas do Brasil com a ditadura da China e outros países do BRICS, que agora inclui, além de Rússia, Índia e África do Sul, nações como Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Etiópia e Egito. O militar destacou que sua viagem à China, agendada para o próximo mês, terá como foco a ciência, tecnologia e capacidades militares do país comandado pelo Partido Comunista Chinês.

Paiva deixou claro o seu desejo de visitar a China, e apesar das atuais tensões com os Estados Unidos, ele acredita que essa viagem não causará desconforto entre os aliados americanos. O PT tem estreitado relações com o Partido Comunista Chinês desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em abril deste ano, uma delegação do partido visitou o país e enalteceu a parceria entre China-Brasil.

“Temos um intercâmbio comercial muito intenso com a China e não acredito que possamos nos levar por uma polarização ideológica. Nós sempre fomos pragmáticos nesse sentido”.

No ano passado, o Palácio do Planalto e o Itamaraty operaram para que o Exército Brasileiro incluísse a China como convidada em um seminário sobre doutrina militar no Comando de Operações Terrestres.

Na entrevista, o comandante geral do Exército, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também defendeu a reinstalação da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos do regime militar, que foi suspensa nos últimos 15 dias do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Questionado pelo jornal como é a sua relação com Lula, Paiva afirmou que a relação é muito boa e elogiou o ministro da Defesa. 

“Ele [Lula] é o comandante supremo. Ele se relaciona com as forças por um ministro da Defesa excepcional. O ministro da Defesa é uma pessoa espetacular. Ele tem experiência. Ele é o chefe de Estado, comandante supremo. E a gente se relaciona muito bem nesse aspecto”, disse.